No inicio, o chá com biscoitos se tornou um simbolo da nobreza e realeza das monarquias e suas elites. A população se queixava do vazio no estômago, que sentiam no final da tarde, enquanto os nobres se deleitavam nos seus salões para suas reuniões diárias. Para enganar a fome, passaram a tomar uma xícara de chá e fazer um pequeno lanchinho, com toques, performance e muita espontaneidade.

Após algum tempo, esse ritual virou um evento social, uma performance artística heterogênea. Os profissionais envolvidos, chegaram à excelência em servir aquela bebida especial, o chá, através do Teatro, da Poesia e da Música. Ali, no início do descanso do dia, passa o filme: vivemos numa sociedade tão diversa e isso ainda é negligenciado por aqueles que definem os padrões, mesmo essa diversidade sendo tão vasta e distinta, uma verdadeira riqueza. Portanto não deixaremos de ter os pés no chão, ligados na verdade, do suor que chamam de sujeira, da luta, do cotidiano, sempre acreditando naquela que nos acolhe quando estamos abatidos, a Esperança!

Através das poesias se cria uma conexão com o sagrado e com o material, trazendo sensações de nostalgia, pertencimento, euforia e alegria com as cores e sabores de nossa cultura, e indignação, reflexão e revolta com as problematicas que nos obrigam a vivenciar como consequencia de sermos quem somos.

Resistindo, é dessa forma que serviremos nosso chá, matando a fome de cada dia dessa população, hoje exigente e necessitada de uma cultura plural, ética, consciente, diversa, critica, positiva e construtiva, quebrando o paradigma histórico desse serviço ser exclusivo dos privilegiados sociais.

Uma dissidência de oficinas teatrais com profissionais qualificados que determinaram o encontro de artistas dispostos a construir um espetáculo cênico e musical. Artistas esses, que possuem características próprias, autênticas, mas que não fogem às técnicas e convenções artísticas e inovadoras, agora, oferecidas como proposta: Chá Das Cinco! O projeto reúne Robson Raycar, ator e diretor teatral, coringa do Teatro do Oprimido, Anderson Capacete, ator e percussionista, Carlos Carlitos, ator, guitarrista e compositor, e Botto Extraterreno, ator, cantor e compositor.

O show é voltado para um público juvenil adulto, propondo para o espectador uma identificação com as temáticas abordadas, fazendo com que o público consiga enxergar a pluralidade das varias comunidades que fazemos parte e o quanto devemos valoriza-las, convocando a todos para fazer parte de uma iminente revolução social, compreendendo e respeitando individualidades, e sugerindo reflexões para o futuro de uma sociedade em busca de um sentimento coletivo. Afinal, tudo podemos, só depende de nós!